
A Realidade Crua da Performance de Bancos de Dados
Sua aplicação está lenta. A equipe de desenvolvimento te pressiona. O CTO quer respostas. A culpa, no final do dia, recai sobre a performance do banco de dados. Mas o problema não é o PostgreSQL. A causa, na maioria das vezes, está em uma configuração negligenciada, uma otimização que foi deixada de lado, ou em algo tão fundamental quanto o Shared Buffers e o OS Page Cache.
A HTI Tecnologia, especialista em consultoria e suporte para bancos de dados, sabe bem disso. Atendemos dezenas de empresas de médio e grande porte, e a história é sempre a mesma: o sucesso de uma aplicação depende da saúde do seu banco de dados. E, para o PostgreSQL, entender a interação entre o Shared Buffers e o OS Page Cache é o ponto de partida para qualquer otimização séria.
Neste artigo, vamos mergulhar fundo nesses dois componentes críticos, desmistificar suas funções e, mais importante, mostrar como configurá-los corretamente para garantir a performance, disponibilidade e segurança do seu ambiente. Prepare-se para desafiar tudo o que você achava que sabia sobre otimização de banco de dados PostgreSQL.
O Que São Shared Buffers e OS Page Cache no PostgreSQL?
Para entender como esses dois componentes trabalham juntos, imagine o seguinte:
- Shared Buffers (ou buffers compartilhados): É a área de memória do PostgreSQL. É aqui que o banco de dados armazena as páginas de dados que foram lidas do disco. O objetivo é evitar leituras repetitivas no disco, que são operações lentas. Quando a sua aplicação solicita dados, o PostgreSQL primeiro busca nos Shared Buffers. Se os dados estiverem lá, a resposta é quase instantânea. Se não, o PostgreSQL precisa ir ao disco, o que é o gargalo de performance que queremos evitar.
- OS Page Cache (ou cache de página do sistema operacional): É o cache de disco do próprio sistema operacional (SO). O SO armazena em sua RAM as páginas de arquivos que foram lidas recentemente. O PostgreSQL é um processo como qualquer outro, e as páginas de seus arquivos (tablespaces, WAL files, etc.) podem ser armazenadas no OS Page Cache.
A grande questão é que esses dois caches competem pelo mesmo recurso: a memória RAM. O PostgreSQL usa uma parte para seus Shared Buffers, e o sistema operacional usa o restante para o OS Page Cache. O desafio é encontrar o equilíbrio ideal para que ambos os caches trabalhem de forma complementar, e não competitiva.
Como o Shared Buffers e o OS Page Cache Interagem?
A interação entre os dois é um tópico de debate intenso. A documentação oficial do PostgreSQL recomenda manter o Shared Buffers pequeno (geralmente 25% da RAM total), permitindo que o SO gerencie o restante da memória para o OS Page Cache. A lógica por trás disso é que o SO já é extremamente eficiente em gerenciar a RAM para a operação de I/O. Ele armazena em cache o que é lido e também o que é escrito (buffers de escrita), otimizando o fluxo de dados para o disco.
No entanto, há um ponto de atrito: o PostgreSQL não sabe o que está no OS Page Cache, e vice-versa. Isso pode levar a uma situação onde a mesma página de dados está armazenada tanto nos Shared Buffers quanto no OS Page Cache, consumindo o dobro de memória.
É por isso que a HTI Tecnologia adota uma abordagem mais pragmática. Em vez de seguir cegamente a regra dos 25%, nós analisamos o padrão de carga de trabalho do cliente. Um banco de dados com uma carga de leitura pesada e dados que se repetem com frequência pode se beneficiar de um Shared Buffers maior, enquanto uma aplicação com leituras aleatórias e que acessa uma quantidade massiva de dados pode ter um desempenho melhor com um Shared Buffers menor, dando mais espaço para o OS Page Cache.
Aqui estão os pontos-chave da interação:
- Quando o PostgreSQL precisa ler uma página de dados, ele primeiro verifica os Shared Buffers.
- Se não estiver lá, ele solicita ao sistema operacional que leia a página do disco.
- Nesse momento, o sistema operacional irá verificar seu OS Page Cache. Se a página estiver lá, ele a fornece ao PostgreSQL quase instantaneamente.
- Se a página não estiver no OS Page Cache, o SO finalmente a lê do disco físico.

A meta, portanto, é ter a maior quantidade de dados possível na memória RAM, minimizando o acesso ao disco, que é a operação mais lenta.
Configurando o Shared Buffers: A Fórmula Mágica (Que Não Existe)
A configuração do shared_buffers no arquivo postgresql.conf é uma das mais cruciais. Infelizmente, não existe uma fórmula universal. O valor ideal depende de:
- Tamanho total da sua RAM: Quanto mais RAM, maior a chance de um valor alto de
shared_buffersser benéfico. - Tipo de carga de trabalho:
- Leitura pesada: Cargas de trabalho com muitas consultas
SELECTpodem se beneficiar de umshared_buffersmaior. - Escrita pesada: Para cargas de trabalho com muitos
INSERTs,UPDATEseDELETEs, um valor muito alto deshared_bufferspode causar problemas de checkpoint.
- Leitura pesada: Cargas de trabalho com muitas consultas
- Quantidade de memória alocada para o OS Page Cache: Lembre-se, eles competem.
Regra de Ouro (com cautela):
A recomendação mais comum é de 25% do total da RAM. No entanto, a HTI Tecnologia frequentemente experimenta com valores entre 15% e 40% em ambientes controlados, monitorando os resultados com ferramentas de observabilidade. A chave é a otimização de banco de dados constante.
Exemplo de configuração no postgresql.conf:
shared_buffers = 1GB
É importante ressaltar que para servidores com mais de 32GB de RAM, o benefício de aumentar o shared_buffers acima de 8GB ou 16GB pode ser marginal. Nesses casos, o OS Page Cache se torna cada vez mais relevante para otimizar o I/O.
Otimizando o OS Page Cache: Deixando o SO Fazer o Trabalho
Diferente do shared_buffers, você não tem um parâmetro no postgresql.conf para controlar o tamanho do OS Page Cache. O gerenciamento dele é uma responsabilidade do próprio sistema operacional. No entanto, há maneiras de influenciar o seu comportamento, garantindo que ele tenha espaço suficiente para operar.
Aqui estão algumas dicas práticas:
- Monitore o uso de RAM: Use ferramentas como
htop,free -mouvmstatpara monitorar a memória livre e a quantidade de memória usada pelo OS Page Cache (geralmente indicada comocacheoubuff/cache). Uma quantidade saudável de memória livre para o cache é um bom sinal. - Limite outros processos: Certifique-se de que outros serviços e processos no servidor não estão consumindo a maior parte da RAM, deixando pouca ou nenhuma memória para o OS Page Cache e para o PostgreSQL.
- Não sobrecarregue o Shared Buffers: Se você colocar o
shared_buffersem 80% da sua RAM, você está, na prática, sufocando o OS Page Cache e limitando a sua capacidade de otimizar as operações de I/O.
Exemplos de comandos para monitoramento do OS Page Cache:
free -h
htop
vmstat 2 5

Qual é o ponto de equilíbrio?
O ponto ideal é quando o shared_buffers é grande o suficiente para manter os blocos de dados mais frequentemente acessados na memória, e o OS Page Cache tem espaço para armazenar as páginas de disco que não estão no shared_buffers, mas que foram acessadas recentemente.
Em ambientes de produção da HTI Tecnologia, nós usamos uma combinação de ferramentas de monitoramento e análise de carga de trabalho para determinar a alocação de memória ideal. Uma única linha de comando não resolve, é necessário uma análise contínua da performance.
O Fator Humano: O Risco de Não Ter um DBA Especialista
Chegamos a um ponto crucial. O tema deste artigo é técnico, complexo e exige conhecimento profundo em sistemas operacionais, arquitetura de banco de dados e as particularidades do PostgreSQL. Um erro na configuração do shared_buffers pode levar a:
- Péssima performance: Consultas lentas, timeouts e degradação da experiência do usuário.
- Falta de disponibilidade: Problemas de I/O que podem levar a travamentos do banco de dados.
- Falhas em migrações e atualizações: Uma configuração errada pode se tornar um pesadelo em uma nova versão do PostgreSQL.
Muitas empresas tentam gerenciar o banco de dados internamente, atribuindo a tarefa a um desenvolvedor ou a um profissional de infraestrutura sem a especialização em administração de banco de dados. O resultado? Gargalos de performance, riscos de segurança e a perda de incontáveis horas tentando solucionar problemas que um DBA experiente resolveria em minutos.
A terceirização do DBA é a resposta para esse problema. A HTI Tecnologia oferece consultoria, suporte e sustentação 24/7 para bancos de dados. Com uma equipe de DBAs seniores, garantimos a continuidade operacional, redução de riscos e a otimização que seu negócio precisa. Nossos especialistas já lidaram com os problemas mais complexos de performance do PostgreSQL, e sabem exatamente como configurar o Shared Buffers e o OS Page Cache para a sua carga de trabalho específica.
Não subestime a importância de um gerenciamento de banco de dados profissional. Deixar a configuração do seu banco de dados na mão de amadores é um risco que sua empresa simplesmente não pode se dar ao luxo de correr.
O Caminho para a Excelência em Performance
A otimização do PostgreSQL, começando pela configuração do Shared Buffers e OS Page Cache, não é uma tarefa trivial. Ela exige conhecimento, experiência e, acima de tudo, uma visão holística da arquitetura da sua aplicação. O verdadeiro segredo não está em uma única linha de código, mas em um entendimento profundo de como o banco de dados, o sistema operacional e a carga de trabalho interagem.
A HTI Tecnologia está aqui para ser sua parceira nessa jornada. Em vez de gastar tempo e recursos internos para solucionar problemas de performance, por que não deixar a gestão dos seus bancos de dados com quem faz isso de forma profissional?
Se a sua empresa depende de PostgreSQL para operar, a HTI Tecnologia oferece a expertise necessária para garantir que seu banco de dados seja um motor de crescimento, e não um gargalo. Nossos serviços de suporte para PostgreSQL são projetados para otimizar, proteger e manter seu ambiente em sua máxima capacidade.
Não arrisque a performance e a segurança do seu banco de dados. Fale com um especialista da HTI Tecnologia e descubra como a terceirização do DBA pode transformar a infraestrutura da sua empresa, garantindo mais performance, disponibilidade e tranquilidade.
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